quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Carpintaria

Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A Lixa acatou, com a condição em que se expulsasse o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou todo material e iniciou seu trabalho, Utilizou o martelo, a lixa, o metro o parafuso... E assim, finalmente, a rústica madeira se convertei num fino móvel.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Tolerância

Um diretor de uma empresa com poder de decisão, gritou com seu gerente porque estava com muito ódio naquele momento.
O gerente, chegando em casa, gritou com sua esposa acusando-a de gastar demais, com um bom e farto almoço a mesa.
A esposa nervosa gritou com a empregada que acabou quebrando um prato que caiu no chão.
A empregada chutou o cachorrinho que saiu correndo de casa e acabou mordendo uma senhora que ia passando pela rua.
Essa senhora foi a farmácia para fazer um curativo e tomar uma vacina, gritou com o farmacêutico, porque a vacina doeu ao ser-lhe aplicada.
O farmacêutico chegando em casa gritou com sua esposa, porque o jantar não estava do seu agrado.
Sua esposa, tolerante, um manancial de amor e perdão afagou os seus cabelos e e o beijou, dizendo: -Querido, prometo que amanhã farei o seu prato favorito. Você trabalha muito, está cansado e precisa de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençois da nossa cama por outros bem limpinhos e cheirosos para que você durma bem tranquilo. Amanhã você vai sentir-se bem melhor. E retirando-se deixo-o sozinho com os seus pensamentos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O BOBO

conta-se que numa pequena cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o "idiota" da aldeia, um sujeito que vivia de fazer bicos e ganhar esmolas.
Diariamente eles o chamava ao bar, onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas- uma grande que de 400 réis e outra menor, de dois mil réis.
Ele sempre escolhia a maior, mas menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.
Certo dia um dos membros do grupo, com pena dele, chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.
"Eu sei" -respondeu o não tolo assim -"ela vale cinco vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda".
É, pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
Dito em forma de pergunta: quais eram os verdadeiros tolos da história?
Outra: se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.
Mas a conclusão mais interessante é a percepção de que podemos estar bem mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.

Projeto Alcançar