sexta-feira, 14 de março de 2014

Dê o seu melhor

Muitas coisas se fala a respeito de Beethoven. O fato de ter composto extraordinárias sinfonias, mesmo após a total surdez, é sempre recordado.
Exatamente por causa da sua surdez, ele era pouco sociável. Enquanto pôde, escondeu  ofato de sua audição estar comprometida. Evitava as pessoas, porque a conversa se lhe tornara uma pratica dificil e humilhante. Era o atestado público da sua deficiência auditiva.
Certo dia um amigo de Beethoven foi surpreendido pela morte subita de seu filho. Assim que soube o musico correu para casa dele, pleno de sofrimento. Beethoven não tinha palavras  de conforto para oferecer. Não sabia o que dizer. Percebeu, contudo que no canto da sala havia um piano. Durante 30 minutos, ele extravasou suas emoções da maneira mais eloquente que podia. Tocou piano. Ao contato de seus dedos, as teclas acionadas emitiram lamentos melodiosa harmonia de consolo.
Assim que terminou, ele foi embora. Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma visita havia sido tão significativa quanto aquela. Por vezes, nós também, surpreendidos por notícias muito tristes ou chocantes, não encontramos palavras para expressar conforto ou consolação.
Chegamos ao ponto de não comparecer ao um enterro, por "não ter jeito" para dizer algo para trazer algum conforto. Não vamos ao hospital visitar um enfermo do nosso circulo de relações, porque nos sentimos inibidos. Como chegar? O que levar? O que dizer
Aprendamos com o gesto de Beethoven. Na ausência de palavras, permitamos que falem os nossos sentimentos através das nossas atitudes.


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